Entrar em "Redes Sociais" é a solução para os Blocos Afro em Salvador?

Olá!

Tenho visitado os sites de  Blocos Afro em Salvador e tenho notado o "efeito tardio" da ausência de notícias sobre eventos promovidos para levantar  "fundos" e patrocínio para os mesmos.
Existe uma cultura tecnológica do " esquecimento" sobre os nossos Blocos Afro ? Os dirigentes destes blocos enfretam a ausência de material humano capacitado para a atualização de suas "redes socias"? O problema é financeiro ou é "cultural" por conta do condicionamento de que Blocos Afro só devem ser "sugestão de pauta" durante  o período carnavalesco?
Gostaria de respostas,sugestões e avaliações sobre o assunto.

Axé de Paz a todos ...



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Respostas a este tópico

Para ser sincero, é preciso um debate profundo - e um plano de ação - para não deixar que os blocos afro "morram" por falta de sustentabilidade financeira e falta de divulgação de suas ações. Essas instituições foram, e ainda são, fundamentais para o que é conhecido como o processo de "Reafricanização da Bahia", mas, a cada dia, estão mais distantes das novas possibilidades que a tecnologia vêm trazendo, como por exemplo: venda de ingressos on-line, lojas virtuais, divulgação de ações etc. Esse programa "Ouro Negro" da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia é uma iniciativa importante, mas isso só não é suficiente...É preciso envolver o Sebrae, empresas públicas e profissionais especializados em marketing para repensar o modelo de atuação dessas entidades face aos desafios do século XXI.

Ontem mesmo ao passar pela região do Elevador Lacerda, em Salvador, fiquei muito triste ao ver que um local tão bonito está tão degradado, sem nehuma ação cultural enquanto que dezenas de entidades de cultura afro lutam para conseguir espaço para apresentar seu trabalho...Bom, temos aqui no Correio Nagô alguns representantes de blocos afro, espero que eles falem um pouco de suas dificuldades e possamos fazer algo para resolver esse problema bem lembrado por Patrícia Bernardes.
Essa reflexão eu já vinha fazendo a um tempo, e acredito que as redes sociais elas possam sim fortalecer os trabalhos desenvolvidos pelos blocos afro antes e após o período carnavalesco. Concordo com Paulo Rogério quando ele diz que é preciso um debate profundo (sobre como as redes sociais funcionam e como podem potencializar a visibilidade e escoar a comunicação dos blocos afros ) e um plano de ação. Outra problemática é quanto ao pessoal da área que pode dar este suporte mais "técnico", como sugestão pode-se realizar um levantamento de pessoas que atuem nas áreas afins: comunicação e marketing e que tenham um trabalho específico com redes sociais...

No momento minha contribuição é essa mas espero que esta discussão se estenda e possamos realmente debater o tema.
Olá, creio que tenhamos um misto de "cultura+capacitação".
A gestão profissional, nos blocos afros de Salvador é distante, comparada com os blocos de trio, porque? Sei que temos pessoas especializadas, talvez seja necessário uma abertura nos nucleos que tem a direção destas entidades, por anos e anos.
O improviso vem sendo naturalmente agregado, no longo dos ultimos anos.
A "internet" pode ajudar qualquer empresa de qualquer segmento, nas questoes de comunicação, produção e capacitação seja de recursos, pessoas ou de informação, basta contactar os profissionais corretos.
Mais q pertinente a colocação. As entidades do carnaval afro devem dialogar mais fortemente com as Redes Sociais para q possam acompanhar os desafios postos e aos quais elas com suas estruturas não conseguem, já de muito tempo, acompanhar. O SEBRAE é uma otima lembrança e outras instituições certamente serão lembradas para a articulação desse desejo.
Como profissional da área de TI e com o entendimento das nossas "limitações" quanto ao domínio das tecnologias que promovem essa gama de mecanismos para prover divulgação e interações de pessoas e negócios, verifico que é, de fato, necessário construir esse debate de forma tão profunda que isso possibilite de maior visibilidade dos Blocos Afros. Vale ressalto aqui que me refiro por "limitações" não pela nossa falta de interesse, mas pela falta de qualificação e domínio técnico.
Por outro lado é interessante como temos "disponíveis" prontos para ser usados alguns interessantíssimos mecanismos tecnológicos, tais como: Wordpress, Redes Ning, Facebook, Orkut, Twitter, MySpace entre outros e não aproveitamos isso da melhor forma que deveríamos aproveitar. Falo disponível pois só será algo de utilidade caso haja o melhor proveito dessas ferramentas para promover o que for desejado pelas Entidades de Blocos Afros, a divulgação. Não basta ter somente uma Conta/Comunidade no Orkut e esperar cair do céu um nível de abrangência por parte desses usuários dessa rede social por exemplo. É importante criar estratégias de comunicação e marketing que aliada ao uso desses mecanismo possibilite uma maior visibilidade desses Blocos. E onde entra o domínio da técnica? Na compreensão do que é possível fazer com cada mecanismo desse, para que se possa extrair o máximo potencial de cada um deles.
Concordo plenamente com Paulo e com Ramses Akin quando da possibilidade de articulação com o SEBRAE por exemplo. Compreendo também que o nível de importância que se dê a essas quetões definirão o tempo que será necessário para que os blocos afros "alcancem" o nível dos blocos de trios do ponto de vista da divulgação.
Acho que esse debate só está começando. Acredito que outras contribuições poderão surgir no sentido de refletirmos sobre tais aspectos.

Certos de que poderemos construir algo concreto para além do debate. Me disponho à futuras contribuições.
Bom Dia!

Obrigado a todos que estão respondendo a esta enquete.
Estou preocupada quanto a isso...MESMOOOOOOOOOOOOO!
Como Jornalista e Produtora Executiva (em casos especiais), tenho sentindo grandes resultados na visualização de Blocos Afro como por exemplo o Ilê Aiyê e dos Negões como forma acertiva de "cativar" e "aproximar" a iniciativa privada durante todo o ano e não somente nas festas momescas.
Para mim tem sido um trabalho de "formiguinha" já que a atualização dos sites destes e outros Blocos Afro é feita como um "desvio" de função por contenção de gastos da própria entidade.
Pautas, notícias,vídeos,blogs e tudo mais é feita de forma ainda artesanal e lenta.
Faço votos que eu possa colaborar mais intensivamente com estas entidades pré e pós carnaval.
Axé de Paz a todos e vamos nos ajudar nessa luta de divulgação da nossa própria matriz africana em Salvador.

Negr@ Bernardes...Patrícia Bernardes
Na realidade, os problemas dos blocos afros começam na falta de unificação dos mesmos, pois em uma sociedade tão competitiva ninguém consegue mais viver isolado. É preciso que seus diretores se reúnam e construam uma planejamento para que possam desenvolver um calendário de atividades culturais em um possa incentivar o outro. Não adianta criar organizações que beneficiem alguns é preciso que haja competência, pois falar em cultura é também falar em dinheiro, empreendimento, administração e competência.
Podemos tomar como exemplo os blocos carnavalescos, que perceberam as dificuldades do mercado e se reuniram e fundaram organizações que passaram a vender seus abadas, ingressos dos ensaios e mais importante a divulgarem seus associados.
Não vejo cultura só como capital, mas não aguento mais ver problemas como estes aonde temos tantass ferramentas que poderiam amenizar ou ate solucionar esses problemas!
Até quando levantaremos a bandeira de "coitadinhos"? será que o problema todo não tá em quem está a frente dessas instituições?
Somos capazes!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Eu sou diregente de um Afro, e pode contar com o nosso apoio,pois ficamos fora de tudo. por falta de comunicação.



TENHO A NITIDA CERTEZA DE QUE É A SOLUÇÃO MAIS ACERTADA
E OBJETIVA. ENTRAR EM "REDES SOCIAIS",É TAMBÉM INVESTIR
MAIS NA TELE-COMUNICAÇÃO,COM PROPAGANDA SOBRE OS
DESENVOLVIMENTO "AFRO" JÁ ALCANÇADO JUNTAMENTE COM
MUITA LUTA.
TENHO OBSERVADO QUE AS PESSOAS FICAM MAIS SENSIBILIZA-
DAS PRIMEIRO,COM O QUE VÊ, DEPOIS COM O QUE OUVE,POUCAS
REAGEM AO QUE SE LE. VAMOS NOS JUNTAR, "SIM" VAMOS ESCREVER
MAS VAMOS INVESTIR MAIS, NAS IMAGENS NA TELEVISSÃO, VAMOS MOS-
TRAR...VAMOS FALAR, SE NÃO ESTIVER DANDO CERTO VAMOS PEGAR
PELO O COLARIM É GRITAR,PARA QUE TODOS FIQUEM SABENDO QUE
NÃO VAMOS DESISTIR, POIS CHEGOU NOSSA EPOCA .
AGORA CHEGARA NOSSA VEZ!

CONTEM COMIGO UM FORTE ABRAÇO.
Gostaria de aproveitar esta oportunidade para lhe solicitar apoio nesta questão.
Estaremos coordenando as apresnetações afro na Feira de Beleza da Bahia que sreá realizada no Centro de Eventos de Salvador em Outubro.
Estou querendo destacar a beleza negra dos blocos afros, e desta forma queria pedir sua ajuda na questão de contatos dos mesmos pois acho interessante que nos desfiles de beleza que vão ocorrer seja aberto espaço para estas manifestações culturais.
Meu e-mail é fhsilvino@hotmail.com

Aliado à nossa imcompreensível fragilidade no enfrentamento da apropriaçao brutal da herança e da cultura afro por parte do poder público nas tres esferas, de parcela significativa da classe artística musical baiana e até brasileira e, notadamente, até de artistas afrodescendentes, com o único e claríssimo objetivo de lucro concentrador, acumulador, imediato e exclusivo, temos um grupo de dirigentes sem estratégia, salvo raríssimas exceções, que conseguem ter a visão além do alcance, tratando-se como "coitadinhos", "desfavorecidos" e "subjugados" por uma ideologia absolutamente funcional e estranhamente prática, que, em detrimento de serem poucos numéricamente, conseguem dominar, na acepção mais exata do que essa palavra possa significar, a imensa maioria da população dessa tão propalada Roma Negra. Repito: é incompreensível, como os blocos de trio, conseguem mandar no Conselho do Carnaval, só para focarmos na pauta dessa discussão, e manipular descaradamente as políticas de governo municipal e estadual, imprimindo e impondo à vontade dos seus interesses, a maior festa de rua do planeta, que segundo dados oficiais, movimenta mais de um bilhão de reais, menos que a São Paulo Fashion Week, com um bilhão e meio. Sendo verdade, como pode faltar dinheiro para apoiar os blocos afros e todas as outras iniciativas populares, que deveriam ser preservadas, pois são a essência do Carnaval? Qual o destino de tamanha fortuna? A "tomada de poder", pode-se dar através da junção de forças, que organizadas, de forma inteligente e orquestrada, sem meios-termos, pressionem o município e o estado(em letras minúsculas mesmo!) para que estabeleçam um marco legal sobre a ótica do Carnaval inclusio e democrático, bastando para isso, que os líderes arregacem as mangas e façam valer a representatividade dessa negritude que tem todo o direito de ser de fato, maioria e não meramente adorno midiático em panfletos e revistas, em spots de tv, rádio e sites oficias, que não mostram a dura realidade das favelas e grotões de miséria habitadas pelas lindas negras e pelos lindos negros que os estampam, aos incautos turistas que por aqui aportam, e que, seduzidos por imagens surreais e paradisíacas divulgadas Bahia afora, vem aqui requebrar ao som de "... toma negona, na boca e na bochecha...".

É certíssimo, que as meninas negras, principalmente, por serem a carne mais barata do mercado/açougue social que já crescem quebrando todas, desde a mais tenra idade, mesmo sem compreender o que isso significa, não venham a ser colegas de sala dos filhos de milionários e famosos artistas baianos, negros ou brancos, em escolas particulares caríssimas da capital baiana, restando-lhes dentro da lógica da Era do Conhecimento, apenas vagas para os carrinhos imundos de churrasco nas festas de rua e de camisa soteropolitanas.

Se somos maioria, o que estamos esperando?

Deles, o sinal verde, nunca virá.

 

Essa discussão surgiu aqui pouco antes do Carnaval passado (2010). Algo mudou nesse período? Ate quando ficaremos reféns do poder econômico constituído?

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