Entrar em "Redes Sociais" é a solução para os Blocos Afro em Salvador?

Olá!

Tenho visitado os sites de  Blocos Afro em Salvador e tenho notado o "efeito tardio" da ausência de notícias sobre eventos promovidos para levantar  "fundos" e patrocínio para os mesmos.
Existe uma cultura tecnológica do " esquecimento" sobre os nossos Blocos Afro ? Os dirigentes destes blocos enfretam a ausência de material humano capacitado para a atualização de suas "redes socias"? O problema é financeiro ou é "cultural" por conta do condicionamento de que Blocos Afro só devem ser "sugestão de pauta" durante  o período carnavalesco?
Gostaria de respostas,sugestões e avaliações sobre o assunto.

Axé de Paz a todos ...



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Respostas a este tópico

Não tenho uma visão pessimista sobre isso...
Percebo mudanças com relação a utilização das redes sociais, porém ainda não utilizada de forma correta. O que vira notícia nas redes ainda são muito relacionadas as outras mídias, algo que que os blocos afros, samba e afoxés não tem visibilidade. Mas é um espaço que ainda está sendo explorados e alguns resultados já começaram a aparecer. Intensificando o uso, ajustando algumas formas na utilização das mesmas, pode-se visualizar um alargamento dessa via.

Boa tarde, o tema do Olodum para o carnaval  é Tambores, Papiros, Twitter A História da Escrita. É muito importante comunicar com o publico, com os fãs, e com a galera em geral. Todos os blocos afros  devem e podem ter acesso as redes sociais. No caso do Olodum que vai falar disto o carnaval, há uma turma jovem que compoem a Rede Jovem Olodum que cuida do site, orkut, facebook e Twiiter. 

 

Contudo levamos em conta que ainda temos muita gente que nao utiliza as redes sociais para a afirmaçao da identidade pro isto mantemos também o ensaio do Bloco presencial, criamos uma TV Olodum na Internet, e no Femadum deste anoa divulgamos o evento com a Prodeb e com a TVE para 280 cidades da Bahia.

Este é um campo novo que os blocos terão que ser ageis para nao perder a onda história levando em conta que foram nossos antepassados que criaram as diversas formas de comunicaçao que conhecemos.

 

João Jorge -  Presidente do Olodum

Não como representante de bloco, mas como coordenador de uma entidade que tem um site creio que não podemos ficar à margem dessas novas tecnologias, no entanto creio que o problema é essencialmente financeiro, pois nossos jovens têm bastante domínio das tecnologias, mas é oneroso manter uma equipe com algumas pessoas, dentre programadores, jornalistas, redatores, coisa necessária para manter um site atualizado e interessante.

 

Axé!

Patrícia, hoje em pleno século XXI não nos cabe discussão,seminários e conversas outras,,já discutimos demais e de concreto não vejo uma luz no final do túnel daqui a dez anos.Nós, povo negro de Salvador, não deslumbrando ainda a unificação da ideologia do poder.Sonho um dia o povo negro de Salvador ter o seu próprio partido( um inteiro na ideologia) para governar o seu povo  na prefeitura e estado.   Aí,sim,estaremos administrando para nós.Sei que é complicado,mas PODEMOS!!!!!, se nos organizarmos.
Entrar em redes sociais seria um caminho para um objetivo maior - PODER.

Tua Sakidila....tive conhecimento desde 2010..sao poucos, q tem conhecimento...

e pouco divugado p redes socias...

A realidade dos blocos afros acompanha a nossa realidade enquanto negros.É importante destacar a nossa cultura de ausencia de planejamento, e de visao de desenvolvimentos a longo prazo, junto ao fraco contato com a realidade economica da sociedade capitalista. Infelizmente, impera no seio da nosa comunidade a cultura da rapinagem e da cleptocracia, marcada por máximas do tipo, " o negócio é me fazer...", ou "quem dá papa a menino lambe os dedos..", e por aí vaí. É a falta de planejamento gerada pela imprevidencia, apoiada pela ausencia de lideranças verdadeiramente comprometidas com a emancipação do negro, enquanto descendente e herdeiro de uma carga social desigual, o binômio infame a atravancar a vida das "Instiuições de Negros". Ainda podemos adicionar a essa infeliz condição, a vigilância das lideranças encasteladas nas posições de decisão, mando e poder, quanto ao surgimento de lideranças naturais, que demonstrem orientação diferente do que citei acima, ou mesmo que as contestem. Essa percepção é seguida da promoção de verdadeiras campanhas de afastamento dessas pessoas das respectivas entidades: ou seja, são enxotadas das entidades . Hoje, blocos afros, e entidades negras, de um modo geral , estão transformadas em redutos de cooptação política das mais fisiológicas que se pode identificar. Os blocos afors e algumas entidades, além do retardo histórico e técnico quanto a valorização do saber formal e sua aplicação nas tramitações comerciáis, perderam a legitimidade durante o processo de afastamento da realidade da tramitação empresarial séria , visto que a cultura aqui denunciada e o exerício de administrações modernas e autenticamente empresariáis seguem cursos e fluxos dinâmicos irreconciliáveis.

Meu querido Paulo:  A voce, meu respeito incondicional. Mas o problema é a transformação da reversão da condição do negro em uma  "indústria da igualdade racial": Isso está beneficiando a alguns. Os líderes precisam evoluir e superar a condição de aventureiros, ou no melhor dos desenvolvimentos, superar o pensamento que ajudou as nossas tias e mães a nos criar vendendo acarajé, e entender que sem a proposta de transformaçao das lideranças em CEO´s profissionais e preparados, o futuro dos blocos afros é o regitro histórico de um movimento do negro que um dia foi esperança e no outro falliu.

Keto Angola jé n´só.....

Eu acredito que toda sociedade organizado fura qualquer bloqueio que possa existir, vejo este problema como um cancer em estado de crescimento, como houve com as escola de Samba, que foi origem dos negros e do povo afro, que aos poucos foi se desaparecendo, pergunto hoje se alguem se lembra delas, é este cuidado que devemos ter como as nossa culturas, hoje só se fala e se ver os blocos de trios, enquanto os nossos fundadores de alegrias e emoções que cantas na passarela negra as nossas conquistase resistencia,  estão mendigando para ser ouvidos. Até quando?
Sou Coordenadora do Bloco Aspiral do Reggae e quero afirma o a companheira fala,precisamos muito mesmo de uma comunicação visual mas profunda,vibrações positivas.

Axé de Paz aos meus @migos e comp@nheiros de luta do Correio Nagô.

Eu amo fazer parte de núcleo de debates e este post em especial tem um sentido "desbravador" no meu dia a dia.

Meus sinceros agradecimentos , em especial, aos gestores de Blocos Afros da Bahia.

Vamos em frente...A temática é justamente pra isso...Levantar a diversidade de caminhos a seguir em prol de um bem maior : a IGUALDADE RACIAL de DIREITOS.

 

Bernardes

Seria o momento de se criar um jornal de circulação abrangente. Não é possível que de tantos profissionais na área de comunicação, jornalismo e etc. não tenhamos profissionais negros que se engangem nesta jornada.

Na verdade não fomos militantes o suficiente para fazermos brasileiro gostarem de brasileiros e negros gostarem de negros. Como parte do caráter nacional não fazemos a avaliação correta das coisas e gostamos de nos enganar, fingido que estamos no poder.

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