Informação do seu jeito
LEITURA DRAMÁTICA: 1835 – ALUFÁ LICUTAN CONFESSA - A REVOLUÇÃO MALE
Autor: Jaime Sodré | Direção: Ângelo Flávio
Cabaré dos Novos
28/11 | dom | 16h
Grátis
A peça aborda, de forma lúdica e histórica, a Revolução Malê, episódio importante da historiografia baiana, tendo como personagem central a figura de Alufá Likutan, considerado pelo escritor Jorge Amado o personagem brasileiro que ele mais apreciava, embora sendo o mais esquecido de todos e enterrado em
cova rasa pelos senhores de escravos, necessitando ser reabilitado nas
paginas da história e no campo das artes. A Direção da leitura fica por
conta de Ângelo Flávio, diretor que tem sua trajetória ligada à
militância política em defesa dos direito humanos, temas polêmicos e que
sempre fazem parte de seus trabalhos artísticos.
Ângelo convidou os seguintes atores para a leitura deste domingo (28/11): Amarilio Salles, Cell Dantas, Eduardo Machado, Hamilton Lima, Inácio Deus, Jamile Alves, Marcio
Bacelar, Marijane Sousa, Rui Mantur, Sérgio Guedes, Valter Seixas
Junior, Vinicios Nascimento e Vinicios Oliveira Oliveira, além da participação do público que estiver presente.
TÁ ROLANDO NA CENA!
Ainda hoje, 27 de Novembro, ás 18h, teremos a montagem que homenageia a cantora Elza Soares, através da narração da história de uma mulher que
nasceu para ser estrela, em Se acaso você chegasse: Arte Sintonia Companhia de Teatro.
De acordo com a estudante de jornalismo Valdineide Benvindo “assistir as montagens do Festival é importante, pois consigo me identificar, assim
como, encontrar fortes traços da minha ancestralidade, em cada
montagem”. A estudante que esteve presente em quase todos os dias do
Festival ressalta que “um encontro de espetáculos e leituras tão
fundamentadas como este, deveria acontecer mais vezes ao ano. Sinto que a
população baiana ainda carece deste tipo de cultura”.
A Bença, do Bando de Teatro Olodum, em cartaz desde a primeira semana do Festival A Cena Ta Preta, também encerra suas apresentações, nas últimas exibições que acontecem neste sábado (27) e domingo (28), a partir das 20h, na sala principal do
Teatro Vila Velha. O professor do ensino fundamental I, Geraldo Maceió,
comenta que existe uma carência da sociedade de contato com estas
temáticas e o Festival conseguiu suprir, mesmo que momentaneamente isto.
Geraldo diz, ainda que “precisamos pensar numa forma de privilegiar
estas temáticas nos palcos, nas telas e consequentemente, nas salas de
aula”.
JÁ ACONTECEU NO FESTIVAL
Também estiveram em cartaz no Festival, produções locais e nacionais. Logo na primeira semana teve o espetáculo de Angola, As Formigas, do francês Boris Vian (1920-1959). A peça tem como ponto de partida o desembarque das tropas americanas na Normandia, que iria marcar o
desfecho da II Guerra Mundial. No mesmo final de semana rolou O cheiro da feijoada, na
qual uma personagem é uma idosa, negra e lavadeira, que enquanto lava
roupas, relembra a história de uma feijoada que era feita no tempo da
escravidão e lança um novo olhar sobre a história do Brasil.
Em seguida, teve o monólogo carioca, inspirado na música e na vida de Fela Anikulapo Kuti (1938-1997) O Subterrâneo Jogo dos Espíritos; As Feministas de Muzenza - Uma Comédia Afra Baiana, contando uma história que se passa na cidade de Muzenza, onde um grupo de mulheres forma um movimento feminista; Orirê - Saga de um Herói que confrontou a Morte, baseada na filosofia e na corporeidade da cultura ioruba remanescente nos terreiros de candomblé e Dia 14, abordando o caos social como reflexo do passado colonial e escravagista.
Além de peças e espetáculos teatrais, o Festival A Cena Ta Preta apresentou a leitura dramática Namíbia, Não, uma história que acontece em 2015 que simula o envio de cidadãos negros para um país da África. O Lançamento do Livro do primeiro livro
infantil de Lázaro Ramos, A Velha Sentada; a exibição de reprises do programa apresentado e dirigido por Lázaro Ramos no Canal Brasil – Programa Espelho e o IV Encontro de Cinema Negro Brasil, África e Caribe, com o objetivo de gerar conteúdo significativo e intensificar as relações com a África. Tendo também, o workshop (Teatro Musicado – O Processo) e a oficina (sonoridades da língua como material dramático).
© 2019 Criado por ERIC ROBERT.
Ativado por
Você precisa ser um membro de Correio Nagô para adicionar comentários!
Entrar em Correio Nagô