Brasília (Brasil) - No evento paralelo “Empoderamento econômico das mulheres indígenas e afrodescendentes da América Latina e Caribe”, promovido hoje à tarde (14/7) pelo UNIFEM (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher, parte da ONU Mulheres), INSTRAW (Instituto Internacional de Pesquisas e Capacitação para a Promoção da Mulher, parte da ONU Mulheres) e CIM (Comissão Internacional da Mulher) na 11ª Conferência Regional da Mulher da América Latina e Caribe, mulheres negras e indígenas afirmaram que não basta apenas o empoderamento econômico para que tenham mais igualdade.
O painel teve participação da ministra de Assuntos Ameríndios da Guiana,
Pauline Sukhai; Tania Rodriguez, da Rede de Mulheres Afro-latinoamericanas, Afro-caribenhas e da Diáspora; Tania Tarqui, do Fórum Internacional das Mulheres Indígenas; e da jornalista argentina Ernestina País.
Tania Rodriguez, da Rede de Mulheres Afro-latinoamericanas, Afro-caribenhas e
da Diáspora, lembrou que os marcos internacionais contemplam o rol de direitos reivindicados por homens e mulheres negras para o enfrentamento ao racismo, assimo como convenções e tratados internacionais relacionados aos direitos
humanos das mulheres também atendem as demandas das mulheres negras.
Segundo a jovem negra, o passo
seguinte é a efetivação das políticas públicas de combate ao racismo e sexismo. Ela citou a importância dos dados desagregados por gênero e raça e da rodada dos censos nas Américas, para que haja mais fontes de dados confiáveis sobre a situação dos afrodescendentes. “Temos de criar espaços onde estejamos integradas, espaços de consulta e monitoramento. Os censos são fundamentais para registro e análise da realidade dos afrodescendentes em termos de habitação, acesso à saúde, conformação familiar, entre outros níveis de informação que serão base para as políticas públicas”,
disse Tania Rodriguez.
ONU Mulheres
Para Tania Tarqui, do Fórum
Internacional das Mulheres Indígenas, é urgente a discussão de um novo modelo
de desenvolvimento, baseado no respeito à identidade dos povos e que tenha como objetivo o término de
brechas de desigualdade. “Empoderamento pra nós, mulheres indígenas, está ligado aos direitos da igualdade de gênero, à participação política,ao bem-estar social”, destacou a jovem indígena.
Na sua exposição, Tania Tarqui falou sobre a expectativa das
mulheres indígenas com relação à ONU Mulheres. “Queremos contribuir com a ONU
Mulheres através de políticas de inclusão, contar com um
departamento específico, mecanismos adequados de participação e
recrutamento de colaboradoras”, completou.
Fonte: UNIFEM
http://www.unifem.org.br/003/00301009.asp?ttCD_CHAVE=120569
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