Informação do seu jeito
Decisão do MP atendeu a solicitação de providências da Ouvidoria da Seppir, que acatou denúncias de diversas entidades sobre o vídeo que compara pessoas negras a macacos
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento administrativo na Procuradoria da República, em Uberlândia, Minas Gerais, para que o cantor Alexandre Pires preste esclarecimentos sobre o vídeo Kong, denunciado por exibir conteúdo racista e sexista. A convocação do artista foi motivada por solicitação de providências encaminhada pela Ouvidoria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) ao MPF.
Além do Ministério Público, o órgão oficiou a gravadora Sony Music, o Departamento de Polícia Federal e a Ouvidoria da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM). Esta última, em função da exposição de mulheres na peça publicitária, reforçando o estereótipo de símbolo sexual.
De acordo com o Ouvidor da Seppir, Carlos Alberto Júnior, o MP foi acionado em função de denúncias oriundas de várias entidades entre as quais o Observatório do Racismo Virtual, que acusa a postagem do vídeo no site youtube, com “conteúdo racista e sexista, comprometendo as lutas do movimento negro na superação do racismo, e das mulheres na superação do sexismo. Combinando artistas e atletas, o vídeo utiliza clichês e estereótipos contra a população negra”.
Em sua argumentação, o ouvidor da Seppir observa: “ao expor pessoas negras vestidas de “macaco”, o referido cantor contribui para a permanência histórica do racismo e práticas eugenistas, de inferiorização da população negra, tendo em vista que a maioria das denúncias feitas à Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial são ofensas às pessoas negras comparadas a “macacos”.
Devassa
Processo semelhante, envolvendo a cervejaria Devassa do Grupo Schincariol, foi arquivado recentemente, após o cumprimento de determinações do MP pela empresa. Além da realização de seminários para discutir formas de solucionar o conflito configurado nas propagandas de cerveja e os direitos das mulheres, a Schincariol foi condenada a pagar multa e divulgar contrapropaganda por prática de campanhas publicitárias discriminatórias.
A peça que originou a reclamação contra a Devassa utilizava uma frase associando a imagem de uma mulher negra à cerveja, reforçando o processo de racismo e discriminação a que as mulheres negras estão submetidas historicamente no Brasil. O processo foi encaminhado pela SEPPIR, que cumpriu os acordos internacionais de violações aos direitos das mulheres, a partir das denúncias referentes à propaganda que divulgava a frase: "É pelo corpo que se reconhece a verdadeira negra. Devassa negra encorpada. Estilo dark ale de alta fermentação. Cremosa com aroma de malte torrado".
De acordo com o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), as infrações cometidas no anúncio da Devassa encontravam-se previstas em inúmeros artigos do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária.
Fonte Seppir
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Uma boa resposta a esse trio de vacilões é o boicote dos mesmos na mídia e em produtos a eles associados, somente assim eles pensaram mais de uma vez em brincar com algo tão sério!!!
Parafraseando um certo sambista de sucesso: ..."brincadeira tem hora"...
Interessante a sua pontuação com respeito ao Neymar, Manuela.
Aí eu trago a toma uma pergunta que nao quer calar:Qual o grau de escolaridade do Neymar?E muito mais importante perguntar qual o grauu de imersão de indivíduos como ele na sociedade que o Brasil oferece aos negros e pardos? Sacado da grande massa desde cedo em consequencia direta dos seus " dotes futebolísticos", tomando como base o fato de que " não se considera negro",podemos concluir que a sua prceria com o Alexandre Pires é útil a pregação da "democracia racial", no ítem principal dessa conjuntura:Um negro ou um pardo com dinheiro, é (promovido a um) branco, ou com um radialista local colocou há muito tempo atrás: O preconceito é "financeiro" (sic).Que ele se de bem com seus milhões, pois aos negros e pardos sem o " talento futebolístico" resta pujar pela aplicação das leis de modo a não ser vítima do "preconceito financeiro".
Lamentável! Alexandre Pires realmente nunca foi exemplo para negro nenhum...
Mas e Neymar gente?
Não podemos esquecer que esse atual "grande herói" do Brasil, também é preconceituoso.
Em uma entrevista lhe perguntaram: "Neymar, e como foi?, você sofreu muito preconceito?"... E ele disse: "Não... eu não. Afinal eu não sou negro, né?!".
Acho que ele alisa e pinta aquele cabelo e pensa que é alemão, dinamarquês... qualquer coisa assim.
Parabéns ao Movimento Negro por mais essa conquista!
ATUALMENTE VERIFICAMOS QUE O DINHEIRO PARA ALGUMAS PESSOAS SÃO MAIS VALIOSOS QUE SEUS DIREITOS ASSEGURADOS NA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA. É EXTREMAMENTE VERGONHOSO PERCEBER O QUE SE FAZ EM TROCA DE GRANA. SE EXPOR AO RIDÍCULO, E PRINCIPALMENTE IGNORAR A LUTA DE TANTOS NEGROS E DOS MOVIMENTOS SOCIAIS É UMA AFRONTA. SÓ NOS RESTA LAMENTAR E ESPERAR QUE O MINISTÉRIO PÚBLICO APLIQUE AS PENAS CABÍVEIS PARA ESTE TIPO DE CRIME. O QUE SERÁ QUE ESTE CANTOR DIRIA SE SEUS FILHOS FOSSEM CHAMADOS NA ESCOLA DE MACACOS? SERÁ QUE ELE TERIA CORAGEM DE IR À DIREÇÃO ARGUMENTAR ALGUMA COISA? O CANTOR ESQUECEU QUE O DINHEIRO NO BOLSO NÃO VAI MUDAR AS ORIGENS DELE
O q eu posso falar gente, é lamentável, Alexandre Pires nunca namorou publicamente uma mulher negra, só loirinha nem que sejam Oxigenadas.Alexandre precisa volta estudar, volta a estudar a historia do Brasil contada pelos negros , aprender sobre toda a nossa contribuição para esse país e a importancia dos negros para o mundo.Visivilmente Alexandre não se assumi como negro, não participar nem nunca ouvir nenhum comentario dele sobre nossa gente, demais pedi a Deus q ilumine , não seja exemplo para meu filho.
A JUSTIÇA ES´TA SENDO FEITA !!! O MOVIMENTO NEGRO BRASILEIRO COMEMORA
A vitória é muito válida. O fato de muitos trabalharem pela conquista da igualdade e o fortalecimento e encorajamento da nossa negritude não pode ser jogado na lama por alguns "negros limitados".
Muito breve a comunidade negra vai ter poder de influência no consumo. Imagine uma campanha para não consumir produtos com mensagens racistas. Essas empresas precisariam sentir no bolso a reação da sociedade negra. Vamos lá!!! Cotas aprovadas, agora é a hora de conscientizarmos os negros de usufruir do direito.
Prabéns a voce, Maria Silvia, pela corajosa sintonia com a realidade dos fatos.
É exatamente isso Adelson Silva de Brito, parabéns, você disse tudo.
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