Informação do seu jeito
Durante a final da dança dos famosos, Rodrigo Lombardi faz um comentário sobre Sammy Davis Jr. Para "ilustrar" que Sammy era genial Lombardi se refere a ele ...
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O Brasil é o único país do mundo no qual um sistema de castas baseado na concepção eurocentrica de superioridade racial, persisiste e insiste em se manter na pauta de todo dia. Esse comentário feito por esse cidadão em foco no vídeo acima, é tão criminoso quanto a presença ostensiva de propostos de pele clara em todos os postos de destaque dessa nação, que demonstra um cuidado doentio com respeito a esse aspecto da face do pais. Juzes, Parlamentares,e por ai vai. Isso so vem a corroborar a máxima tacitamente aceita de que o suecesso nesse país tem a pele clara, em consonancia com sua " tendencia européia", como assinalou o ex-Presidente Getúlio Vargas, quando da assinatura do decreto 7.967 de 18 de setembro de 1945, regulamentando a imigração quando no seu artigo 2o. dizia qua a imigração de estrangeiros para o Brasil,deveria " atender-se na admissao dos imigrantes a necessidade de preservar e desenvolver as características mais desejáveis da sua ascendencia européia".É necessário frisar que textos legais dessa ordem e natureza, são a expressao crua da institucionalização das castas sociais estanques, extratificadas com base na aparencia européia do indivíduo que a compõe. Lembremos que as idéias de Adolf Hitler para a composiçao teórica do seu "reich" não estão longe dessas formulaçoes paramétricas.
Ora, vejamos: quando o trabalho era escravo o negro foi trazido a força para construir à custa do seu trabalho escravo, sangue suor e lágrimas,uma nação. Depois de ´abolida a escravidão´, o pais se abre ao europeu pobre e faminto para, atrvés do seu ´trabalho assalariado e presença´, compor uma elite privilegiada na configuração de uma nação eropéia, nos trópicos do planeta? Já está passando da hora de acabarmos com os anacronismos perversos e promover com políticas de estado a integração do afrodescendente a sociedade brasileira. Afinal, uma produção artísitca que se sustenta com base na ignorancia e na baixa auto-estima do seu público, criando estórias vazias em conteúdo, tendo o beijo e o sexo quase-explicito como vetor de sustentação do seu fluxo, tem como padrão de exelencia o "loiro de ohos azuis", empurrando para a margem do seu processo social "negros", "negros de hum metro e meio", e "negros de hum metro e meio e caolhos".Essa é a televisao que nos merecemos? Onde está o negro que sustenta através do seu imposto a aberração de sociedade quo avilta e o marginaliza? "Nkosi Sikelel' iAfrika"
Sintia,reacionário não são os posicionamentos dos ofendidos, temos que criminalizá sim o posicionamento do ator, já que ele se encontra em situação de destaque na mídia, que diga-se de passagem é altamente influente perante a juventude, e só através desses posicionamentos pertinentes dos ofendidos é que incomodaremos a ponto de fazê-lo se retratar no mesmo veículo em que menosprezou a condição humana de Sammy Davis.
Lucianne,
A força do racismo, que é estruturante e permanente, está ancorada justamente em falas como essa sua. O moço lá fala com maior naturalidade do mundo, aliás se tratava de um "grande elogio". Era tão bom, mas tão bom que se "transformava" em um branco. O racismo Luciane tem a sua força nessa violência simbólica, estrutura a nossa sociedade de forma transversal. Penetra tão fundo que até nós mesmo não vemos problema nenhum nisso. Foi apenas erro de interpretação nosso ou melhor ainda: não estaríamos exagerando em chamar esse "lindo moço, branco, galã da globo" de racista? Não Lucianne, é racismo mesmo. Mas é natural. Não ser racista, mas por o negro no lugar dele: no lugar de subalternidade, de não humanidade, de animalização, de falta de inteligência... e por aí vai!!
" [...] O europeu raramente acerta nos termos "figurados". Mas o colonizado, que apreende o projeto do colono, o processo preciso que se instaura, sabe imediatamente o que o outro pensa. [...] O colonizado sabe de tudo isso e dá uma gargalhada cada vez que aparece como animal nas palavras do outro. Pois sabe que não é um animal. E justamente, no instante mesmo em que descobre sua humanidade, começa a polir as armas" Fanon, Os condenados da terra"
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