Amanhã (28) acontece o lançamento do Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil 2009-2010

 

 

 

 

A Coordenadoria Ecumênica de Serviço – CESE, a HEIFER Internacional e a Fundação AVINA estarão promovendo amanhã (28), o lançamento do Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil – 2009-2010. O evento será às 17h30, na sede do Cese (Rua da Graça, 164 – Graça, Salvador- Bahia). Entre os convidados estarão, representantes de movimentos sociais, parlamentares, secretários de estado, entre outros.


O Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil – 2009-2010 objetiva a análise da evolução das desigualdades de cor ou raça no Brasil, por meio de indicadores econômicos, sociais e demográficos desde a Constituição de 1988, e promover reflexão a respeito dos avanços e recuos existentes, verificando a capacidade dos dispositivos constitucionais em reduzir tais assimetrias.


Nesta oportunidade, terá a participação do Prof. Dr. Marcelo Paixão da UFRJ e do Prof. MS Cléber Julião da UEFS/UNEB pesquisadores do Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (LAESER), vinculado ao Instituto de Economia (IE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro.


O Relatório traz subsídios para os movimentos sociais na luta anti-racista, além de contribuir na divulgação das condições de vida da população negra e na formulação de políticas públicas para a população negra no Brasil.
Para realizar o estudo, foram utilizadas diversas bases de dados relacionados a aspectos da realidade brasileira e que continham a variável cor ou raça, como os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de dados do Ministério da Saúde.


O Relatório mostra, por exemplo, que quase metade das crianças afrodescendentes de 6 a 10 anos estava fora da série adequada, contra 40,4% das brancas. Na faixa de 11 a 14 anos, o porcentual de pretos e pardos atrasados subiu para 62,3%. Na saúde, subiu a proporção de afrodescendentes mortas por causa da gravidez ou consequências.

Segundo o professor Marcelo Paixão “o projeto usa instrumentos de monitoramento das desigualdades raciais sem excluir as questões de gênero e que, para promover alternativas às questões de segregação, é preciso conhecer as desigualdades”.

O Relatório analisa a evolução das assimetrias de cor ou raça e gênero desde o momento da promulgação da Constituição Federal e procura estudar como a carta constitucional se relaciona com o aumento ou redução dos abismos raciais em nosso país durante as últimas duas décadas.

Trata-se do mais exaustivo e completo estudo sobre o tema, formado por sete capítulos temáticos, 169 tabelas, 137 gráficos, 36 boxes temáticos e quatro mapas, todos discutindo a evolução das desigualdades raciais brasileiras desde o final dos anos 1980 até os dias de hoje.


Sobre os autores: Esse relatório foi organizado por Marcelo Paixão, Irene Rossetto, Fabiana Montovanele e Luiz Marcelo Carvano, integrantes do Laeser - Instituto de Economia da UFRJ. Além deles, o professor Cleber Julião, pesquisador assistente e co coordenador da Base Juris do Laboratório, e convidados como Katia Sanches, Leila Regina Ervatti, Lucieni Burlandy são os responsáveis pelos estudos anotados na obra.

O Relatório Anual das Desigualdades Raciais traz, também, dados inéditos sobre desigualdades raciais contra pessoas afrodescendentes nos EUA, Cuba, Equador, Colômbia, Uruguai e Comunidade Europeia

A Coordenadoria Ecumênica de Serviço – CESE, a HEIFER Internacional e a AVINA promovem juntas este lançamento por entender a importância deste instrumento como subsídio para os movimentos sociais, especialmente, para o movimento negro, de mulheres, juventude, na elaboracao de políticas públicas para a população afrodescendente. 

 

Fonte: Cese

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Comentário de Adailton Poesia em 28 julho 2011 às 0:17
Este evento será muito importante e farei de tudo para me fazer presente, pois preciso está sempre a pá dos acontecimentos referentes à população negra. Eu como compositor do segmento afro, preciso me atualizar sempre para poder fazer boas canções e dá minha contribuição como poeta.

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