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O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em moção divulgada nesta quinta-feira (27), criticou as ações da Polícia Militar no Complexo da Maré, na zona norte da capital fluminense, que resultaram na morte de dez pessoas na última segunda-feira (24). A UFRJ lembrou que a Maré é vizinha do principal campus da universidade, na Ilha do Fundão.
Assinada pelo reitor Carlos Levi, a nota manifesta o “total repúdio” a atitudes “de violência extremada, registradas em episódios em todo o país por grupos orquestrados, determinados a banir das ruas representantes de movimentos sociais e de partidos políticos, bem como os abusos cometidos pelas ações do estado, por meio das suas forças policiais”.
Em relação especificamente à atuação da polícia na Maré, após um protesto de reivindicação de direitos, a direção da UFRJ disse acompanhar com “preocupação indignada a ocorrência de ações militarizadas truculentas nas regiões mais carentes de recursos da cidade, que evidenciam o tratamento diferenciado que o Estado ainda confere às populações pobres”.
O Brasil, diz a nota, vive um momento de mudanças. Segundo o conselho, as manifestações populares nas ruas, sinalizam a “insatisfação recorrente com os dirigentes políticos e com a organização de Estado que pouco abre espaço para a participação popular”. Acrescenta que as respostas às vozes do povo já começam a aparecer, abrindo espaço para uma série de reflexões.
O conselho reiterou a defesa “intransigente” da liberdade de expressão e prestou “apoio solidário” aos movimentos populares, ao mesmo tempo em que defende a investigação e punição das violências cometidas, para que não se repitam no país os excessos registrados no período da ditadura militar.
O reitor afiançou, na nota, que a UFRJ seguirá acompanhando a participação do seu corpo de estudantes e funcionários nas manifestações, priorizando “a garantia da sua segurança e da sua integridade física e moral, a qualquer custo”.
Fonte: Portal EBC
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