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Maria Stella de Azevedo Santos, a Mãe Stella de Oxóssi, ialorixá do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, em Salvador, é uma ialorixá diferente. Ela gosta de romances policiais, vinho tinto chileno, escreve semanalmente artigos, sobre qualquer assunto, para o jornal A Tarde, recebe padres para almoçar e não perde um jogo do Vitória (“Olha só para a minha cara, meu filho, e eu lá tenho cara de torcedora do Bahia?”). Aos 86 anos, Mãe Stella já provocou polêmica ao assumir, relativamente cedo, aos 49, o posto de ialorixá do Opô Afonjá.
A escolha causou desconfiança até mesmo em sua irmã, dona Milta, que foi pedir ajuda a Mãe Menininha do Gantois (1894-1986), na época a mais poderosa – e midiática – mãe de santo da Bahia, que tratou logo de tranquilizá-la: “Isso não é comigo, isso é com os orixás. Eles sabem que Stella tem força, eles a conhecem”. E ela tem. A aparente fragilidade ao descer as escadas para conversar com a Revista do Brasil foi dissipada assim que ela olhou nos olhos do repórter e disse o que costuma repetir a todos que ousam olhá-la com compaixão. “Eu sou de Oxóssi. Enquanto os outros andam a pé, eu vou a cavalo.”
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