Sobre o filme Selma, uma luta pela igualdade.

 

A concepção branca de apoio as nossas lutas são sempre limitadas. A cada produção ou atuação da luta pela garantia dos direitos civis, percebemos como ainda não saímos do discurso. Essa é a sensação quando assisto Selma, uma luta pela Igualdade, filme de Ava DuVernay,   que concorreu ao Oscar e muita gente ficou chocada como um filme deste não vai para a maior premiação cinematográfica.Não sou fã de Luther King, nunca escondi isso, mas entendo que ele sempre complementou Malcolm. Talvez se tivessem conversado e traçado as estratégias de ação de forma mais unificada, ambos estivessem vivos.

 

Mas voltando a Selma, como um Júri do Oscar branco da mesma forma que a Justiça brasileira  ou a Justiça que sempre impediu o avanço social da população negra nos estados unidos,  vai condecorar um filme tão atual no modos operandi  deste? Um filme que mostra uma branquitude solidária a nossa dor, contando que eles nada percam de privilégios. Condecorar Selma no Oscar,  seria assumir o que no dia a dia qualquer cidadão negro percebe, a branquitude se protege na garantia dos privilégios.

Selma fala de dois lideres com modelos diferentes de atuação, mas cujo objetivo é o mesmo e mostra como essa não unificação da luta por ambos  fortaleceu quem sempre nos oprimiu. Se ao pensar nisso, lembrou do movimento negro brasileiro, parabéns. Selma fala de séculos de atuação da segurança pública em nos matar na certeza da impunidade, se  ao ler isto, você lembra da policia brasileira e em especial baiana na morte de jovens negros sobre nosso silêncio sepulcral, parabéns novamente.

Assistir Selma é se ver nas formas positivas e principalmente negativa de atuação, seja branco ou negro.  O filme mexeu comigo, porque é possível ver como a estrutura de ocupação do poder não se modifica, o discurso de solidariedade a nossa  luta com fuga no momento crucial,  não se modifica. Representantes brancos ou negros  que na realidade só tem discurso, não se modifica. Enfim, assistir Selma é fazer um raio X de si próprio e acima de tudo de qual compromisso social real temos com a pauta da população negro sobre todos os aspectos.

 

Pra quem ainda não assistiu, segue o link e por favor deixe seu comentário nesse post: http://megafilmeshd.net/selma-uma-luta-pela-igualdade/

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Comentário de Adelson Silva de Brito em 2 abril 2015 às 11:08

Minha querida Luciene, parabéns pela oportunidade de mais uma pronúncia do "mantra" que tem caracterizado a luta pela conquista dos direitos humanos, os mais elementares, que se perpetuam negados aos povos da África negra e a nós Afrodescendentes pelas Américas e Alhures. Esse "mantra", está ingenuamente explicitado em uma letra de uma antiga música do Bloco Olodum: "...sabemos, nós também temos direito, ainda existe preconceito e o negro leva a pior..." Pergunto mais uma vez, quando será que os nós Afrodescendentes vamos acordar para a realidade racista que nos avilta diuturnamente, desde os jornais televisivos da manhã ensinando aos nosso filhos e netos, mediante uma metodologia violenta e covarde, que para ter direito ao respeito mínimo, precisa ter a pele clara? Quando será que se acordará para a covardia das novelas que promovem o "mocinho" branco e a "mocinha" branca ao status de ideal de "brasilidade" usando para isso a parcela sacada do nosso suor na forma de impostos com finalidades mais e mais corporativas, enquanto nós julgamos normal e não nos indignamos o suficiente quando policiais (a perpetuação "legitimada" do capitão-do-mato) agridem, matam impunemente, aos moldes de Sharpeville, na África do Sul, e de Selma,Alabama (EUA),  indiscriminadamente. Vamos assistir ao filme e mudar a nossa "atitude já".

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